Delírio

Você se tornou meu pior delírio.

Arrancou de mim as piores lágrimas, eu chorei, eu berrei, no banho chorei mais um bocado. 

Senti um alívio, mas após o baque a raiva ganhou espaço no peito ferido.

Como pode alguém de um metro e meio, fazer tanta bagunça em um coração como o meu...

Tua pele me promoveu outras sensações, das quais eu estou presa, amarrada e afogada no teu olhar...

E mulher, esse teu sorriso desbocado e essa voz a cantar Ana Carolina as 7h da manhã, como não esquecer?

Como posso me aquietar, depois que você me jogou de volta ao breu que você havia me salvado?

Eu não paro de escrever até você me procurar e me dizer na cara, que não vai me dar amor e que me deseja toda sorte. 

Estou delirando com você, sem você ou longe de você...

É, vida cigana, das tuas mãos escapei e por um pouco não fui tragada pelo teu egoísmo.

Eis que, você virou meu vício. Meu único tratamento agora é me livrar de tudo o que você me promoveu, entre as sensações e sentimentos que meu peito afagou.

Pode citar, que eu fui cruel, fui mediana, fui fraca, fui até canalha, mas mais terrível foi você me negar o amor que um dia eu te ofereci.

Agora eu irei tragar um cigarro para relaxar, após jogar suas cartas no Rio Franscisco, e cantar Ana Muller e dizer que te desejo toda sorte.

02/03/2021

-DB.



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