Ratificar


  Hoje acordei bem, bem melhor que os outros dias. Fiz um chá e me sentei a beira da varanda, mesmo sem pestanejar, fiquei refletindo sobre nós, sobre o que tivemos e o que passamos...

Aprendi que sempre em uma relação os dois lados tem que cederem, eu penso que cedi até além do que devia, deveria eu estar errada? Sempre que te puxava pra perto, mais longe você se lançava, para não me alcançar. Mesmo quando você se calava, pensava na sua vida, não dava espaço para que eu entrasse nela e fizesse parte dos seus planos...

 Quem paga com egoísmo colhe decepção. Talvez para você a perspectiva seja outra, mas meu bem, olhe bem para ambos os lados, já te ocorreu admitir que também errou comigo? Por que os olhares que tivemos teve algum sentido, para mim sim, para você teve?

Como pode ter chamado nossa relação de perfeita, sem ao menos tentar me explicar seus traumas, seus delírios, os medos que se apegam a sua alma. Não tente bancar a durona comigo, pode ser até culta no jeito que fala e anda, mas sabemos que ai dentro desse coração gelado você sente algo.

E por mais pequeno que seja, há de ser algo, há de ser sentido, vivido e não jogado ao vento como folhas velhas...

- Talvez você diga: 


Cc: Eu vou superar, porque não tenho tempo para sofrer, meu tempo é precioso! E você não vale a minha importância, meu choro, as lágrimas que escorrem sobre o travesseiro que você dormiu. Já não queria mais e fiz questão de terminar assim...

- E eu te digo:

Cc: Enquanto você vira a página e assiste esse filme de longe acontecer, sinto muito por você perder essa chance que a vida te deu de triunfar para ser feliz verdadeiramente. Não se engane, coisas assim não acontecem duas vezes. Põe um pouco de humildade na cara e larga esse egoísmo que tu te agarrou, porque mesmo após as suas desculpas, que não colaram, você se calou sem ao menos me dizer que os seus traumas e as coisas que fiz te jogaram para longe de mim, foram na verdade o motivo pelo qual te fez desistir.

Sabe, as cenas se amontoam em minha cabeça, existem muitas perguntas que ainda não anotei para te fazer, mas não sei se há interesse, talvez não, talvez sim.

Conclui que, as bebidas tem mais efeito em mim que suas palavras, e mesmo quando deito a cabeça no meu sofá velho da sala, ainda fico cogitando falas que talvez pudéssemos ter trocado apenas nessa manhã.

Senti  necessidade, de lançar tudo isso nesse rabisco chamado papel, talvez você leia e deboche. Talvez eu beba mais um pouco e escreva sobre você, ou tudo isso caia no esquecimento e eu não precise mais escrever sobre ´´NÓS´´.


- DB.





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