Lembro quando era criança e gostava de tomar banho de chuva, e depois da brincadeira vinha aquele café que mamãe preparava e colocava na mesa com bolo frito, e isso era tão bom naquela época, eu vivia bem e sem aquela preocupação com o tempo ou com aquela dor de um coração partido.
Hoje em dia há uma batalha dia após dia pela vida, a angústia com as contas no fim do mês, aquela prova que vai ter no fim da semana, a saudade apertada dos pais, me lembro da infância e de momentos que gostaria que se eternizassem, como aquele abraço da minha mãe no fim da noite. Andamos muito rápido, olhamos com pouca atenção, não pensamos nas palavras, nas pessoas, existe uma urgência somente por bens materiais. Mas e aquele sentimento de afeto pela família e gratidão, cabe onde nisso tudo? Já parou pra pensar nisso tudo? Existe dois momentos em nossa vida na qual realmente paramos para meditar em tudo o que fizemos, o primeiro é quando perdemos alguém muito querido, e a segunda é quando estamos a beira da morte, aí neste momento prestamos mais atenção ainda nas pessoas ao nosso redor, refletimos sobre nossas atitudes e principalmente pelo tempo que não tivemos com nossos familiares.
Não deixe o seu tempo acabar para dar valor a vida. Dê um tempo a si mesmo, tire esse peso da alma e relaxa um pouco com aqueles que te querem bem. Talvez aquela visita prometida há meses a sua mãe seja um bom momento para cumprir, ou, um perdão que esta aí preso nesse peito e precisas liberar a alguém. Não deixe para depois o que podes fazer agora, pois o dia de amanhã nunca se sabe. Viva com mais calma e sem pressa, dê ao seu filho um abraço inesperado, um beijo a sua mulher que espera tanto por um carinho após um dia cansativo de trabalho, seja mais grato a Deus pela vida, e se estiver em um dia ruim, apenas tenha um pensamento positivo, de que tudo nessa vida passa, e nada acontece sem que Deus permita.
Diana Bonini
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