Eu me basto, não preciso de mais ninguém

Enquanto ela dançava na chuva meu coração batia de tanta alegria;
Seu riso contagiava todos que a viam;
A dança de todo seu ser me envaideceu;
Quando balança o cabelo e fecha os olhos, sem precisar sentir o calor de um outro corpo;
É só ela e mais ninguém...

Quando toma seu caminho e toma suas próprias decisões sem consultar seu melhores amigos;
Quando a sua única companhia é, uma xícara de café e seu livro favorito de Shakespeare ;
Ela ainda sabe esperar o tempo;
Mesmo quando olha através da sua janela a vida lá fora;
Toma ar em seus pulmões pronta para prosseguir..

Toma seu casaco e vai com um punhado de coragem dentro de si;
Amor próprio? É o que mais ela mais tem!
E mais uma vez ela diz a si mesmo, sobre o seu reflexo embasado no espelho do elevador: - Eu me basto!

Enquanto a chuva caia, eu com os passos leves saia do café...
Vi ela em segundos dançando como se nada o perturbasse sua dança;
Dança com a alma;
Que contempla a paz interior;

Quando ela terminou por fim sua dança e abriu seu olhos, olhou diretamente para mim...
E bem, nessas horas minha espinha se arrepiou, eu vi naqueles olhos a alma cheia de alegria que nenhum ser jamais teria!
Isso seria apenas o inicio de algo bom, ou o fim daquela dança?

Diana Bonini