E lá no fundo do meu peito, ainda tem teu nome rabiscado

É... Exatamente daquele mesmo jeito que tu um dia à mão escreveu...
Porém, aquela luz forte, o amor, tudo aquilo, escureceu...
Aquele teu olhar vazio, eu sempre soube que queria dizer algo, e eu estava certo, ele realmente queria... Ele gritava aos berros dilacerados de dentro do teu peito por socorro, mas eu não escutei e aquela fonte secou...
O grito parou...
Hoje é mais um, de tantos outros sem ter o teu bilhete pela manhã, dando bom dia e desejando sorte...
Talvez o amor seja mesmo isso, ter a coragem de deixar partir tu que tanto me fez sorrir... 

Ah, e quantos sorrisos, quantas gargalhadas...
Te amar era bom, era leve - Pra mim...
Tu clamava por ajuda, chamava, buscava, eu que não enxergava...
Amor, ou "meu amor", era assim que eu te chamava...
Eu sinto tua falta, e isso me mata...
Me rasga...
Me angustia, talvez da mesma forma que tu estava enquanto me abraçava a noite, mas e eu?
Eu dormia...
Se te amo? Quem sabe, eu até hoje, não sei...
Talvez quem sabe tudo isso eu um dia só imaginei, e te escrevo tudo isso agora somente como uma despedida, uma forma de dizer adeus e ir embora?
Verdade, mentira, sonho ou ilusão?
É, eu não sei, mas teu lugar vai ficar para sempre aqui...
Guardadinho do lado esquerdo desse meu imenso peito bem no fundo do meu coração!
E quem sabe um dia nos veremos e daremos enfim, nosso último ou talvez o primeiro aperto de mão...

Diana Bonini