Moldando corpos e almas..

Me moldei a tua imperfeição, traços que não parecem imperfeitos para mim.
E a luz que ofusca meus olhos é a mesma que te acorda pela manhã. 
Presos e soltos ao mesmo tempo, em um distância iminente de nossas almas;
Eu tento ressurgir de algum lugar quando você some...
Escuto barulhos e pessoas, mas, nenhuma delas é você;
Então eu choro em meu reduto e canto esta canção...
Palmilhamos lugares, e depois esquecemos como o vento que passa;
Na tua solidão eu havia me tornado salvadora por redenção;
E agora estamos cá, quebrados em estilhaços, tentando juntar os pedaços jogados ao chão;
Me moldei ao teu eu esquecendo quem sou;
Procurei um abrigo e um colo;
Mas só achei indiferença...
Mas mesmo assim segui tentando enquanto você ainda me olhava ao longe;
As faíscas de amor brotavam novamente em meu coração;
E assim ressurgi mais uma vez...
Mas a tua alma estava distante demais, para se moldar a mim;
Então morri mais um vez, encobrindo todo afeto e fechando os olhos diante do horizonte...acordando em mim, um novo eu!





Diana Bonini

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